Noites após noites, escrevi pensamentos ditados
por minhas insônias.
Arrependimentos por haver recuado ou desistido.
Covardes omissões, tempestuosas decisões...
Nada me parecia ter sentido.
Palavras soltas, como folhas de outono, denunciavam
sentimentos sepultados, ressurreição de um passado
que não foi perdoado.
Tormentosas lembranças, sem nenhuma esperança,
que ainda flutuam como plumas ao vento.
Nada se acalma, nem as orações encontram amparo.
Meu Santo Protetor, com desprezo me falou, cobrando
promessas que nunca fiz.
Ressentido e magoado, vou trocar o Santo, por não
haver me perdoado.
De velhaco me chamou e até, injustamente, me
excomungou...
Recorri à Suprema Corte Celestial !
Meu recurso foi atendido, meu Santo corrigido...
Voltei a sonhar !
SinvalSilveira