Eram sentimentos sepultados nas
profundezas do esquecimento.
Como raízes, sem luz e sem vida,
testemunhas da história, que nem o
tempo se atreve apagar.
Latentes, trazem lampejos de lembranças,
querendo transformar em esperança, o
renascimento da felicidade cor do céu.
Seus olhos brilham, bate forte o coração,
sob a alvura e o perfume da cerejeira
em flor.
Declara, com profunda ternura, todo o
seu amor !
Rolam as lágrimas pela face, emergindo
do esquecimento, enlaçadas pela emoção.
São segredos, coisas proibidas pelo
silêncio da vida, vozes sufocadas e
comprometidas.
Rebelde, aproximo-me do precipício,
para vencer o perigo e o medo.
Tento resgatar a felicidade perdida...
Em euforia, ouço gritos de alegria, vejo
raízes em brotação !
Sinval Santos da Silveira