Li, em seus olhos, o que restou daquele
intenso amor. Nada !
Olhei o passado, lembrei as juras sem
pecados, as lágrimas de ternura, na alegria
de amar.
Senti-me desprezado, pelo mundo
abandonado, sem um chão para deitar
este corpo cansado.
Nada mais poderia lhe oferecer, além de
um puro amor.
Muito pouco, achou !
Esqueceu o vento perfumado, o acalento
do abraço, a emoção dos recitais poéticos,
a ela dedicados.
Fui trocado por um sorriso encantado, que
só Deus sabe, vindo de quem.
Vejo as mágoas a rolar, no olhar confuso
de quem tudo deduziu, à luz de um ciúme doentio.
À sombra dos ressentimentos, não se lê os
pensamentos, nem a força do bem querer.
Pelo chão, as migalhas do que restou, testemunham
uma profunda dor !